8 de janeiro de 2004

Fomos afofados no Rio e adoramos! - Parte III: Do reveillon



31 de dezembro amanheceu ensolarado, mas eu não vi porque só acordei à tarde. E logo saiu uma lasanha de frango muito boa feita pela nossa anfitriã. E como vocês sabem, comida leva àquela inevitável moleza, aquele soninho mais gostoso: a Momó, como definiu Klô esse maravilhoso estado de torpor e saciedade.



Quando estávamos quase nos entregando à tal preguiça, chega uma celebridade: Luciano, ou Lu, somente. Frenético, caçoou de nosso “voz e violão”, colocou um cd da Madonna e nos colocou no clima de festa. Começava o aquecimento para a virada. Banho geral, todos devidamente perfumados e trajados para começarmos 2004 com o pé direito.



Na hora de sair fomos apresentados a mais três grandes personagens da festa: Matheus, Cleto e Tati, que somados ao Lu e à Guega, fizeram o trajeto Tijuca-Glória de carro e mesmo assim chegaram depois de nós, que fomos de ônibus.



Chegamos à Gloria! A futura moradia do Gabrig é um apartamento muito simpático bem ao lado do Outeiro da Glória. E estava muito bem decorado para o aquecimento pré-Copa com bilhetinhos escritos em fita crepe espalhados pelas paredes e móveis com instruções importantíssimas não só para o sucesso da festa, mas também para o futuro do Gabrig que ainda pretendia morar ali.



Claro que não lembro de todos os bilhetes, mas alguns são memoráveis: um embaixo de um teclado com bandoleira estilo “Polegar-Dominó” dizia “sim, este tecladinho 80´s é tudo, mas eu não deixarei você pegá-lo. Compre o seu!” Algo assim... Tinha também na porta dos quartos: “Não entre aqui nem com a minha permissão”. Prevenção.



Quando chegamos, já estavam por lá o Klo, Adriano, o irmão dele e o Hazel (Lazer). Mais tarde e por último chegaram Carla Jô e Cinha. Pronto. Estava formado o bonde. Iríamos invadir de mulão (embora eu não tenho ouvido essas gírias por lá...)



A festinha rolou tranqüila. Bebidas variadas + comida escassa. Qualquer um sabe que essa combinação é “trevas” na certa. Eu também sei, mas no Reveillon, eu finjo que esqueço. E às 23:00 saímos rumo à Copacabana, embora eu não me lembre desse momento específico.

Quando dei por mim, eu já estava num metrô sufocante, com muito álcool na cabeça e no estômago. Algum tempo depois, o álcool só estava na cabeça. Mais um tempo depois, estávamos em Copacabana. Nós e mais 2 milhões e porrada.



Sim, senhores. Eu presenciei o show de fogos em Copacabana. Afofei e fui afofado. Abracei e fui abraçado. Lágrimas, beijos, pirotecnia, alegria, euforia, promessas, lembranças, suspiros, enfim... ano novo.



Uma virada memorável, inesquecível por vários motivos. Os bons motivos eu digo: estava junto da minha melhor parte: Júlia. Que eu amo, que me ampara, que me entende e que vai estar ao meu lado em mais tantos reveillons e pude conhecer e reencontrar pessoas muito legais que, sem dúvida, souberam valorizar aquele momento.



Foi assim que 2004 entrou. Com tudo.



* Essa seria a nota do autor na terceira parte:



Todas as pessoas com as quais passei a virada de ano foram importantes. Mas algumas, em um dado momento, foram importantíssimas. Júlia que me amparou, literalmente e a quem eu sempre deverei desculpas por ter atrapalhado uma noite tão especial. Cinha, que foi alvo do meu excesso e levou tudo numa boa, não me odiou e é uma cara muito legal! E ao Cleto (Cleeeeeeeessston), que argumentou a meu favor e conseguiu que minha viagem de trem chegasse ao fim no destino planejado. A vocês, meus sinceros pedidos de desculpas. Muito obrigado mesmo, de coração.

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