25 de maio de 2011

Don´t Panic

Hoje é o Dia da Toalha! Em Sampaulo, vai ocorrer uma passeata contra a violência Vogon. E nós não podíamos deixar esse dia passar batido, por razões óbvias!

Parabéns a todos que se identificam com a data!

E ganhem prêmios!

16 de maio de 2011

MEC, Gramática e Polêmica

Vou tentar ser claro e simples: pensadores fodões, como Chomsky, há muitos anos, definiram "gramática" como o saber linguistico dos individuos que falam determinada língua. Não importa se esse indivíduo é preto ou branco, pobre ou rico, homem ou mulher, velho ou novo, escolarizado ou não, ele possui um saber linguistico, logo ele domina a "gramática" da sua língua.

Entretanto, alguns curiosos (ou desocupados) resolvem descrever esse saber linguistico. Descrever as regras que formam, a partir de um conjunto finito de elementos, infinitos enunciados daquele idioma. Obviamente, esse cidadão não consegue descrever o saber linguístico de todos os indivíduos, uma vez que a língua e seu uso apresenta uma miríade de variações: região, classe social, idade, sexo, situação de uso, etc. Daí, ele consegue opta por descrever (entenda como publicar um livro chamado "gramática") uma dessas variedades linguísticas.

Agora caro leitor, raciocina comigo: qual variante ele escolherá? A do rico ou do pobre? A do escolarizado ou do analfabeto? A europeia ou a brasileira? Ou você acha que se debruçariam num trabalho árduo e complexo como esse pra descrever a língua dos desdentados?

Pois bem, obtida a Gramática Descritiva da língua ela é tranformada em norma. Passa a ser paradigma de certo e errado, de bom português ou mau português, de culto e belo. E ai daquele que não a dominar: está fadado ao limbo social, às periferias imundas e à eterna ignorância! É burro, é analfabeto, não tem crédito, não tem voz!

E a Gramática, antes "natural e neológica", nem mais descritiva é. Agora ela é Normativa. É quase uma Bíblia, um Corão! Livro sagrado que os impuros teimam em profanar com a falta de concordância e erros de regências.

Agora vem um livro didático e admite outros uso da língua que não o padrão sacrossanto da Gramática Normativa! "INFÂMIA! ABSURDO!" - bradam os leigos e as múmias da academia. "É um ultraje à 'Última Flor do Lácio, inculta e bela'"! "Onde esses miseráveis querem chegar? Não bastasse ter onde morar, o que comer, o que vestir, agora querem também falar?!"

Amiguinhos, a autora do livro está coberta de razão: não há certo e errado na língua. Realmente tudo é uma questão de adequação! Vamos a um exemplo prático: a babá do Teo, que não tem muitos anos de instrução acadêmica, deixa um recado me avisando que "presiso compra vasora" e que "os produto de limpeza acabaro". Tá errado?! NÃO!! Tá certíssimo! É o registro que ela tem! Naquela situação comunicativa, o bilhete é eficiente, comunica, cumpre seu papel! Logicamente, se ela um dia quiser ser magistrada, não vai ser adequado dar uma sentença sem observar a variedade padrão. Para isso, vai ter que aprender a norma culta, claro!

O que se discute no livro polêmico não é deixar de ensinar a norma, mas mostrar ao aluno que a variedade que ele domina é tão boa quanto qualquer outra. O que a autora pretende é justamente mostrar ao aluno que ele não burro porque não sabe a regência culta do verbo "assistir" e por aí vai.

Me* revolta mostrarem o livro numa reportagem do Jornal Nacional, como se fosse um crime de improbidade escolher um livro que trata o assunto de forma tão democrática, como poucos livros tiveram a coragem de fazê-lo.

Cansei...

*Sim, senhores! Começo a frase com pronome oblíquo átono, porque é assim que se usa no Brasil!

6 de maio de 2011

Memória Musical

Uma das coisas que eu gosto bastante é a música. Geralmente, de boa qualidade, mas tem umas coisas obscuras também. Melhor não entrar em detalhes. Normalmente isso é um costume que vem dos pais, mas comigo não foi bem assim. Meus pais nem são muito fãs de música. Eles sempre tiveram muitos discos, mas nunca foi comum ficar escutando música em casa. Mas duas músicas se tornaram clássicos dos Arruda Azevedo, Boneca de Trapo, com Nelson Gonçalves e Marina, com Dorival Caymi. Eu tenho certeza que todos lá em casa cantam essas duas músicas do início ao fim sem errar nada. Mas voltando... estava tentando lembrar de onde vem minha memória musical e lembrei de Ohana, uma prima que é 10 anos mais velha que eu. O período era os anos 80. Ela tinha seus 18 anos enquanto eu era uma pequena criança de 8. Ela viveu muito bem a moda dessa década. Eram altas produções para ir às festas. Eu acompanhava tudo e junto vinham as músicas, claro. Lembro que ela costumava chamar os amigos pra ver filmes e fitas de vídeo VHS com clipes que bombavam na época. Eu sempre ficava na sala assistindo tudo até o final, morrendo de sono, mas ficava. Acabei de postar no facebook um clipe de uma música que me lembrou de tudo isso. Todo mundo deve ter uma pessoa na vida que teve essa função não é mesmo?!
Obrigado, Ohana!

2 de maio de 2011

Arquivos

Gente, olha ali ao lado os nosso arquivos para vcs verem algo legal que fiz! Depois me contam se gostaram...

Provavelmente, não.

Beijos.

1 de maio de 2011

Pato Fu

Muito legal o show do Música de Brinquedo. Pode até ser um projeto caça-níquel como foram os Acústicos da década passada, mas a criatividade e as minúcias para obter som das parafernálias lúdicas redime o trabalho inteiro. Todo o show é muito bem cuidado, bem humorado o tempo todo. E por ser um espetáculo com certo apelo infantil, apresenta a maior virtude para mim: oferecer aos meninos algo de qualidade e que, principalmente, não trata a criança como débil.

Ontem, ainda tivemos a participação especial das crianças que "cantaram" no cd. Simpáticos todos: Nina, Mateus e Manu. Ainda teve um pai sem noção que enfiou um outro menino lá no palco. Momento vergonha alheia. O cara simplesmente empurrou o menininho pro palco e gritou: Fernanda, aí vai mais um. Ela educadamente só disse "Opa". E segue o show.

Outro fato importante: primeiro show do Teo, que curtiu boa parte do tempo, mas ficou incomodado com as luzes. Bateu palmas no final de algumas musicas, saboreou biscoitos e água de coco. Depois ainda tirou foto com os bonecos do Giramundo, com John e Fernanda. Começou bem o garoto. O meu primeiro show foi do Balão Mágico fazendo playback no Mineirinho.

Vai aí um vídeo pra ilustrar:

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