9 de junho de 2003

Estive pensando em como dizer um adeus, mas eu não ia saber como porque eu nunca me despeço de nada nem de ninguém, eu só desapareço, como todo ser insensível como eu deve fazer se quiser mesmo manter sua imagem de insensível, duro, perverso e... e mais todas aquelas coisas terríveis que vocês dizem sobre mim e que eu não vou repetir pra não ajudar a fomentar a fama.



O fato é que além de insensível eu sou esperta. Vim aqui me despedir logo, antes que o Ranniere recobre os sentidos, passe da fase de negação, e aceite o fato de que sim, está morto e não ressucita, e acabe me convidando para custear as despesas do funeral ou carregar o defunto. Olha, Ranniere, quando você ler esta carta, já estarei cruzando o Oceano, bem longe daí, mas diga a todos que eu penso que o defunto deve ser cremado e ter as cinzas jogadas do alto do Mirante naquela cidade do Belo Horizonte. Era sua vontade, e que assim seja.



Acho que um tchau mal dado não ofende a ninguém, nem representa a amargura dos momentos de desamor que passei perdendo tempo nessa joça sem graça, nao é mesmo? hehe A gente bem sabe que ele não nasceu nem sério, nem pra durar muito tempo. Então, resmungar do quê, pra quê? Viu, Hayana? Não é um tchau, todo mundo!, é só um tchau, blog! Um blog safado que ninguém gosta. Quer dizer, o Raniere gosta, mas ele não conta porque ele gosta de cada coisa... a gente sabe. E, depois, ele ainda é jovem e manso, vai conseguir se recuperar a tempo de canalizar o amor pra outra coisa mais legal, biscuit, alfaiataria, um estudo profundo da cultura latina, sei lá. Talvez ele dê um bom repentista.



Por fim, que fique claro que ninguém aqui - e isso inclui nossos 2 leitores, é claro - vai conseguir sumir de mim assim, facinho, facinho, porque não vão mesmo! Eu tenho poderosas armas de perseguição. É sério.



Então tchau, blog fedido!

Ranniere, apague a luz e ligue pra funerária.

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