23 de julho de 2009

Are you gonna be in my dreams tonight?

Foi assim: depois do almoço, fomos para o show de metrô. Penúltima estação da linha 7, ao lado do Corona Park, em Flushing Meadows, onde acontece o US Open. Aliás, dá pra ver o estádio de tênis e é grande!

O Citi Field fica no lugar do Shea Stadium, que foi demolido pra dar lugar a um estádio de 800 milhões de dólares. O Mets joga beisebol por lá. Foi no Shea Stadium que os Beatles tocaram em 1965, inagurando o conceito de show de rock em estádios.

Paul estreiou o palco do Citi Field. Logo na chegada, sensação de estar em um estádio de um país desenvolvido. Cerca de 60 mil pessoas entravam na maior calma, por escadas rolantes, lindão o estádio. De cara, lojinha com official merchandising. 35 doletas numa camisa. Pode! Só se vive uma vez (mas se vai a bancarrota mais de uma, I guess...)

Subimos pro Excelsior, que equivale as numeradas do Morumbi, ou as cadeiras inferiores do Mineirão. Algo entre a geral e a arquibancada. Vendia cerveja. Tive que mostrar ID! Uma banda qualquer abriu o show. Fraquinha.

Projeções do Paul começam pelo telão, que avisa: o show começa em 20 minutos. 10 minutos.

COMEÇOU! O cara estava lá! Distante, mas estava lá. A gente tinha um binóculo até honesto. Os telões eram de LED, ótimos! O som ecoava um pouco. Mas FODA-SE! ERA O PAUL McCARTNEY AO VIVO A CORES E EM DOLBY STEREO! UM BEATLE!

Eu ainda custo um pouco em crer que isso aconteceu.

"Drive my car" abriu o show. A banda que acompanha é muito boa! A supresa negativa foi só o público que me acompanhava no Excelsior. Sentados. Só os bebâdos e os maconheiros é quem dançavam. A exceção era uma senhorinha que estava a duas cadeiras de mim fazendo Air Guitar e um pouco de Head Bang! Devia ter mais de 70, deve ter ido no show dos Beatles, eu acho.

O set list é gigante, cheio de músicas novas e coisas fantasmas dos Wings e da carreira solo. Ou seja, pouca coisa salva.

Destaque para a primeira sessão de pianinho: "The Long and Winding Road" e "My Love". Emendado veio "Blackbird" já fora do piano.

Agora vejam a sequência matadora:

"Eleanor Rigby"
"Sing the Changes " (Q?)
"Band on the Run"
"Back in the U.S.S.R."
"I'm Down" (a única que foi tocada no show de 1965 também)
"Something" (Com direito a historinha sobre amistad entre ele e George. Tocada numa violinha do George. Com projeções de fotos emocionantes do George. Lágrimas escorriam, mesmo.)
"I've Got a Feeling"
"Paperback Writer"
"A Day in the Life"/"Give Peace a Chance"
"Let It Be"
"Live and Let Die" (Com show pirotécnico)
"Hey Jude"

Acabou. Aí veio o primeiro bis.
"Day Tripper"
"Lady Madonna"
"I Saw Her Standing There"

Saiu do palco. Aí vem um segundo bis:

"Yesterday"
"Helter Skelter"
"Get Back"

Em "Helter Skelter" eu não aguentei. Fui pular sozinho na escada do estádio. FOOOOOOOOOOOODA! AAAAAAAAAAAA!!

Aí sai do palco! E VOLTA! TERCEIRO BIS!

"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" e de repente: OH YEAH! ALL RIGHT! ARE YOU GONNA BE IN MY DREAMS TONIGHT?!

Gente, "The End" me emociona no meu mp3 player, só de pensar que foi a última. Imagina terminar o show com ela?

Foi isso que vocês viram no vídeo.

Eu ainda estou abobado, sonhando que o boato de Brasília não vire Luís Caldas.

4 comentários:

B. disse...

Espero que Luís Caldas não vença, e espero que mr. Paul tenha a sensibilidade de nos encher de hits de outrora e deixar essas fantasmas pra outro dia.

Notei, no vídeo, que o povo permanecia sentado e fiquei pensando se não é costume. Costume do tipo "quem se levanta atrapalha o camarada que está atrás". Ou não.

guega disse...

CHORAY

Cabongue disse...

Saiu ontem que Sir Paul vem pra Rio, SP e Brasília em 16, 18 e 21 de abril.
Oremos.

Valeria disse...

Ai, Palito..
Estou te odiando suficientemente..

Sai do meu coração, invejinha!