5 de abril de 2004

Na última sexta-feira, tive quinze minutos para apresentar o tema da minha monografia, como vocês já sabem, o movimento mangue beat. Eu e minha dupla fizemos uma breve introdução sobre o movimentos em si, o contexto social e histórico, os principais representantes, essas coisas básicas. Depois, eu apresentei "Da lama ao caos" em cd e um vídeo de "Macô" no VMB de 95. Pra terminar, falei um poquinho do Cordel do Fogo Encantado e coloquei "Chover" pra sala ouvir. Pra mim, tinha sido uma apresentação normal, tradicional até.



Mas foi um pouco mais do que isso porque repercutiu muito positivamente. Dois colegas da classe vieram me falar de suas impressões. Um deles me contou que há dois anos havia ganhado de um amigo o primeiro cd do Chico Science e que, na época, não deu valor ao disco. Achava que o vocalista cantava muito embolado, o som muito sujo e etc. Mas depois de ver a apresentação da última sexta, chegou em casa e foi ouvir o cd de novo e ficou maravilhado com a proposta do movimento, com a força do batuque e a pungência das letras. O outro colega, mais jovem que o primeiro, disse que o Maracatu não saiu da sua cabeça durante todo o fim de semana. Também não via o trabalho da Nação Zumbi dentro do contexto de um movimento cultural.



Bacana, não?! Fiquei feliz de saber que eles passaram a "ouvir com outros olhos" o som do mangue por minha causa. Ainda não escrevi a monografia, mas me sinto mais motivado agora. Numa das aulas iniciais do curso, num daqueles livrinhos da "coleção primeiros passos" ( O que é Jornalismo?), o autor diz que o jornalismo é uma guerra para conquistar corações e mentes.



Parece que minha primeira batalha, eu venci.

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