2 de março de 2004

Eu já devo ter contado isso em algum lugar. Talvez pessoalmente ou em algum blog. Mas hoje eu fiquei lembrando da noite em que sonhei que eu era um número. Foi em Guarapari, na viagem da nossa turma do 3º ano. Num dos dias, eu resolvi ficar em casa dormindo, enquanto alguns foram pra rua.



Dormi pesado. E quando acordei (ou fui acordado) no meio da madrugada, me dei conta de que eu acabara de ter um dos sonhos mais bizarros de toda minha vida, algo tão insólito que eu nunca consegui compreender, nem explicar direito. No plano onírico, eu acabara de experimentar ser o -8. Sim... o menos oito.



Não me perguntem por quê. Nunca digeri isso bem. Mas até hoje, ainda tenho nítida as sensações de ser um número. Vejam, eu não era um algarismo... eu era um número, e negativo. A única coisa que eu consigo externar é que era extremamente angustiante. Eu parecia estar preso num outro universo, já tendo conhecido o "nosso" universo. Daí, vinha esse incômodo sentimento de frustração de não mais pertencer a este plano, mas a um outro completamente desconhecido e enfadonho.



Quando conto esse caso, ninguém leva muito a sério. No entanto, é algo que ainda vai me intrigar por um longo tempo, sem ter esperança de encontrar uma explicação plausível. A não ser que alguém esteja disposto a me analisar.



"Valéria, me analisa!"

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