26 de junho de 2003

Jorge Furtado é fodão. Quem ainda não viu "o homem que copiava", por favor, não demore! É mais uma narrativa deliciosa desse gênio do cinema brasileiro. Não estou exagerando. Quem já viu "Ilha das flores" sabe disso.



"O Homem que copiava", além de tecnicamente mais bem produzido, tem um enredo mais envolvente do que o anterior "Houve uma vez dois verões", que, diga-se de passagem, também é ótimo. Acho que a grande marca dos filmes do Jorge Furtado é eles serem inteligentes sem serem pedantes. Você pode estar aí pensando que diabos é um filme pedante. Sabe aqueles filmes chatissimos que citam propositalmente um monte de referências estapafúrdias e as pessoas fingem que entendem? Então...



Na verdade, esse filme é um daqueles bombons cujo recheio inunda a boca. Eu explico: poderia ser apenas o chocolate que já estava bom, mas aí vem o recheio e então percebemos que foi muito melhor. Ou seja, a história é boa em si, mas a forma como foi contada é melhor ainda. Soma-se às boas atuações(o personagem estereótipo do Pedro Cardoso, os agridoces Lázaro Lima e Leandra Leal e a pilantragem da Luana Piovani) algumas animações bastante... pitorescas que ilustram as diversas relações intertextuais típicas do cinema contemporâneo (hahahahha... até parece que eu sei o que é cinema contemporâneo...)



Enfim, pra quem já está acostumado com a linguagem de "os Normais", "comédia da vida privada" e similares, não vai se decepcionar com esse vaudeville à moda gaúcha.

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